Durante décadas, o acesso ao crédito no Brasil foi moldado por burocracia, opacidade e custos altos. Isso não era acidental — era estrutural. Mas agora o jogo está mudando. A obrigatoriedade das duplicatas escriturais abre um novo capítulo: um modelo digital, rastreável e mais confiável para concessão de crédito.
Essa transformação, embora inevitável, está longe de ser simples. O maior desafio não é técnico — é de alinhamento entre os atores do ecossistema. Bancos, empresas e escrituradoras precisarão operar em um novo tipo de sincronização, onde cada um tem dores diferentes e nem todos estão na mesma página.
O que muda com a duplicata escritural?
A duplicata escritural substitui o documento físico tradicional por um título registrado digitalmente em uma infraestrutura autorizada pelo Banco Central, como a CERC. Entre as principais mudanças estão:
- Registro obrigatório em entidade autorizada
- Maior rastreabilidade e transparência nas operações
- Redução de riscos de fraudes e duplicidades
- Base para automação e integração de operações financeiras
Os desafios do novo modelo
Implementar a duplicata escritural vai muito além de tecnologia. Do lado das instituições financeiras, há a necessidade de adaptar modelos de análise de risco para a nova realidade de dados em tempo real. Processos de validação, integração com plataformas de escrituração e auditorias automatizadas passam a ser requisitos.
Para empresas, especialmente PMEs, o desafio é ainda maior. Cerca de 60% das PMEs brasileiras ainda dependem de processos manuais para gestão financeira. Sem integração contábil, automação e rastreabilidade, a adesão à escrituralização pode ser mais um obstáculo do que uma solução.
No centro dessa engrenagem estão as escrituradoras, que precisam garantir interoperabilidade, disponibilidade em tempo real e capacidade para lidar com múltiplos credores e devedores simultaneamente. O desafio operacional é enorme, e a falta de padronização ainda gera fricções.
As oportunidades estratégicas
Apesar dos desafios, a duplicata escritural traz ganhos claros:
- Redução do risco de crédito pela confiabilidade dos recebíveis
- Automatização de processos financeiros com base em dados validados
- Criação de novos produtos e linhas de crédito estruturadas
- Vantagem competitiva para quem dominar integração e conformidade
Estudos apontam que o impacto na economia pode ultrapassar R$ 100 bilhões anuais em ganhos de eficiência e acesso a capital.
Como a Ideen acelera essa jornada
Com mais de cinco anos de experiência em projetos de infraestrutura de crédito e integrações complexas, a Ideen atua em toda a cadeia de valor:
- Diagnóstico de prontidão e redesenho de esteiras de crédito
- Integração de ERPs e sistemas internos com registradoras
- Desenvolvimento de APIs e automação de publicação de títulos
- Estruturação de fluxos de compliance e governança
- Criação de produtos digitais prontos para operar no novo modelo
Estamos prontos para ajudar bancos, fintechs e empresas da economia real a não apenas se adaptarem à duplicata escritural, mas a transformá-la em vantagem estratégica real.
Quer saber como acelerar sua jornada? Vamos conversar.