Como uma farmacêutica estruturou sua operação de crédito para distribuidores


No setor farmacêutico, onde margens são apertadas e a eficiência da cadeia de distribuição define competitividade, assegurar previsibilidade de receita e segurança no recebimento se tornou essencial. 

Diante de um crédito tradicional caro e restrito, uma grande indústria brasileira encontrou um caminho eficaz: estruturar sua própria operação de crédito para distribuidores e farmácias, utilizando os próprios recebíveis como garantia e orquestrando todo o processo a partir do ERP.

A barreira: falta de acesso ao capital na cadeia

Boa parte das farmácias e distribuidores regionais tinha dificuldade em acessar capital de giro nos bancos, o que limitava os pedidos e comprometia campanhas comerciais. A farmacêutica identificou que o entrave não era a demanda, mas o crédito. Para manter o crescimento, precisava liberar limite aos parceiros sem expor o balanço e sem assumir o risco direto de financiar vendas a prazo.

A solução veio da própria operação. Ao mapear os fluxos de caixa gerados pelos distribuidores, principalmente boletos compensados e vendas via cartão de crédito, a empresa enxergou ativos performados com liquidez comprovada.

Esses recebíveis poderiam servir de colateral para estruturar uma linha indireta de crédito. A escolha por ativos já compensados ou registrados em arranjos de pagamento (isto é, vendas no cartão) fornece uma garantia de alto grau de certeza, liberando pedidos e preservando a saúde financeira da matriz.

O mecanismo: recebíveis como garantia estruturada


O modelo consistiu em converter recebíveis já performados em ativos de garantia para a concessão de novos limites. A operação exigiu três pilares:

Mapeamento dos fluxos financeiros. Identificação dos ativos de liquidez real, como boletos a prazo e vendas em cartão.

Validação e segurança
. Verificação e documentação de cada título, garantindo auditabilidade e conformidade regulatória, incluindo a integração futura das duplicatas escriturais.

Integração operacional
. O crédito passou a ser concedido a partir do próprio ERP da farmacêutica, com todos os dados rastreáveis e vinculados ao histórico do cliente.

Com isso, a empresa criou uma esteira automatizada de financiamento baseada no desempenho real da cadeia, sem a necessidade de intermediação bancária direta.

Governança: o ERP como centro de liquidez


A governança dos dados foi o ponto crítico. Qualquer falha de origem poderia comprometer a segurança do crédito. A farmacêutica, então, centralizou a orquestração da operação no ERP, integrado à infraestrutura da Revvo.

O sistema passou a atuar como o núcleo de governança dos ativos financeiros, conectando os dados de venda, pagamento e performance à gestão de garantias. Essa integração trouxe:

Autonomia da garantia.
Cada ativo nasce validado e rastreável, pronto para ser usado como colateral.

Liquidez recorrente.
A estrutura deixou de depender de negociações pontuais, tornando-se um processo contínuo.

Aderência regulatória.
O ciclo de vida dos ativos passou a ser acompanhado em tempo real, alinhado às exigências do Banco Central.

Resultados: crédito na estratégia de crescimento


O impacto foi direto na operação e na relação com a rede:

Mais vendas, menos risco.
O crédito estruturado ampliou o volume de pedidos com controle total sobre a exposição.

Fidelização da cadeia.
Distribuidores e farmácias passaram a contar com liquidez estável, fortalecendo o vínculo comercial.

Eficiência e escala.
O processo, antes manual e dependente de terceiros, se tornou digital, seguro e integrado.

Um novo modelo de crédito B2B


Este caso mostra que o financiamento, no B2B moderno, é mais do que um recurso tático, mas uma ferramenta estratégica para expansão e previsibilidade.

Ao transformar seus próprios recebíveis em estratégia de crédito, a farmacêutica criou uma vantagem competitiva que combina autonomia, liquidez e confiança.

A Revvo viabiliza esse tipo de estrutura. Ao conectar o ERP, recebíveis e operação em um único ecossistema, a plataforma permite que empresas desenhem suas próprias operações de financiamento, com segurança, rastreabilidade e escala.

O futuro do crédito corporativo nasce dentro de casa, e a Revvo está na base dessa transformação.