Domicílio Certo: o novo CEP do crédito

O Ponto crítico da governança de crédito B2B

O domicílio bancário sempre foi um dado relevante em operações financeiras. Com a nova norma da duplicata escritural, ele ganhou nova relevância e se consolidou como um componente estratégico no sistema financeiro. O campo de cadastro evoluiu para uma informação que determina a liquidação, a conformidade (compliance) e a governança.

A razão é que, ao ceder um recebível, o fornecedor transfere o direito ao financiador, que formaliza a alteração do domicílio bancário do título. Se a empresa pagadora, o sacado, não registrar essa modificação, o dinheiro é enviado para a conta errada, resultando em inadimplência técnica, falhas de conciliação e risco jurídico.

Sendo assim, com a duplicata escritural, o dado se torna crítico. Ele é formalmente registrado, mandatório para a liquidação, e cada troca de domicílio bancário se torna rastreável, auditável e visível. O que era um desafio operacional, hoje é uma exigência regulatória.

O conceito estratégico do domicílio certo

O Domicílio Certo representa a conta de liquidação da duplicata, definida e atualizada nas centrais de registro homologadas pelo Banco Central. Sua obrigatoriedade o estabelece como o único canal de pagamento válido para o título.

A complexidade surge quando o domicílio é alterado no ciclo de vida do título, algo comum em operações de antecipação. Nesses momentos, a sincronia deve ser total: a informação precisa ser atualizada simultaneamente na registradora e no ERP da empresa, sob risco de bloqueio de recursos ou pagamento incorreto.

O bloqueio silencioso: o desafio prático da troca

Vamos a um exemplo ilustrativo: uma indústria adquire insumos de um fornecedor, que negocia a duplicata com um banco para antecipação. O banco, para assegurar o recebimento, procede com a atualização do domicílio bancário na registradora.

A falha acontece se a área de Contas a Pagar da indústria não processar essa atualização a tempo. Nesse cenário, o valor será direcionado ao fornecedor original, e não ao financiador legítimo. O resultado é a inadimplência formal, erros na conciliação e passivos que afetam a confiança na cadeia de crédito.

Em ambientes de gestão como o SAP, onde o processo de Contas a Pagar é estruturado, uma mudança de domicílio não validada pode passar despercebida. O impacto para a tesouraria inclui:

  • Pagamento ao credor errado.
  • Falhas de conformidade e multas.
  • Alto volume de retrabalho.
  • Perda de confiança perante o mercado financeiro.

O risco é grande, pois envolve milhares de títulos mensais. Este é um risco operacional que compromete a liquidez e o poder de negociação da empresa.

A exigência de infraestrutura: automação e integração

A arquitetura da duplicata escritural exige que as empresas monitorem eventos críticos em tempo real. A alteração de domicílio é o evento mais sensível para o Contas a Pagar. O processo deve, obrigatoriamente:

  • Ser detectado de forma automatizada.
  • Ser validado e integrado ao ERP.
  • Manter a rastreabilidade total para fins de auditoria.

Sem essa infraestrutura de automação, o controle sobre a liquidação e o fluxo de caixa se perde, afetando a capacidade da empresa de buscar as melhores condições de crédito.

Como a Revvo responde a este desafio

O Gestor Escritural da Revvo é uma solução nativa ao SAP que estabelece conexão direta com as centrais de registro. A tecnologia assegura que o sistema de gestão atue como a camada de compliance necessária:

  • Monitora alterações de domicílio bancário em tempo real.
  • Atualiza o dado automaticamente no título.
  • Garante que a liquidação seja feita no domicílio correto.
  • Assegura a rastreabilidade de cada modificação.

Tudo isso é executado com mínima intervenção operacional, eliminando a dependência de processos manuais. Entre em contato com um especialista para saber mais.